domingo, 8 de novembro de 2009

Força Nacional continua avaliando processos em Ribeirão das Neves

No terceiro dia de atuação da Força Nacional da Defensoria Pública em execução penal, em Ribeirão das Neves, ontem (21/10), ficou evidente a determinação dos Defensores em trazer soluções significativas para o sistema carcerário mineiro.

Para o êxito esperado, o atendimento é feito de 09 às 18hs na sede da Defensoria do município, porém, na última terça (20/10), os defensores trabalharam em um andar do prédio alugado pela Defensoria até 21h na avaliação dos processos. Os atendimentos também serão feitos no sábado e no feriado (26/10 - Dia do Servidor Público).

Para dar conta de toda a demanda, 40 defensores estão na base de atuação da Defensoria que conta com cinco salas e toda a infraestrutura necessária: material de escritório, rede lógica para os computadores, técnicos de informática para eventuais acontecimentos e faxineiros para deixar o ambiente asseado.

Imprensa

Em razão da importância da Força, os veículos de comunicação da capital têm dado total cobertura. Itatiaia, Rádio Inconfidência, TV Assembleia, Rede Minas e CBN são alguns deles. Neste terceiro dia de atuação, foi a vez da TV Alterosa, e o entrevistado: Eduardo Cavalieri, diretor-secretário da ADEP-MG.

Na entrevista, Eduardo Cavalieri falou da importância desta iniciativa, e não deixou de lembrar da evasão dos defensores e da remuneração inadequada. "Quem perde com isso é a população", afirmou.

Troca de experiências

Para o Defensor Público da comarca de Alagoinhas, na Bahia, Maurício Martins Moitinho, essa Força é importante para o fortalecimento da instituição na medida em que há a troca de experiências com defensores de outros estados. Para o defensor, um outro ponto positivo, é que a ação demonstra que a Defensoria Pública pode gerar mais benefícios sociais para o estado.

Ao rever a situação dos sentenciados, Maurício Martins se deparou com a situação de R.F.S, condenado em dois processos. Um em 2001 e o outro em 2005. O juiz chegou a reconhecer que o sentenciado era inimputável por doença mental e lhe aplicou uma pena de internação em estabelecimento psiquiátrico.

"Ele está há muito tempo cumprindo pena em estabelecimento prisional, sem receber o efetivo tratamento médico, o que agrava seu problema de saúde e põe em risco a segurança de outros presos", destaca.

Segundo o defensor baiano, o preso já deveria estar em liberdade, inclusive para fins de recebimento de tratamento ambulatorial, onde iria apenas ser medicado e avaliado por equipe médica, conforme consta em diversos relatórios médicos anexados aos autos, de 2005.

"Em um outro laudo médico, de 2008, consta que a doença é degenerativa dos órgãos sensoriais e está se agravando", finaliza.

Fonte: Ascom Adep-MG - Fotos: Rodrigo Neves - Ascom/DPMG

Diretor-secretário da ADEP-MG, Eduardo Cavalieri


Defensor Público voluntário, Maurício Martins Moitinho, da Bahia

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