terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SISTEMA PENITENCIÁRIO - Força nacional realiza mutirão em presídios

Publicado em 08.12.2009

Trinta defensores públicos de todos os Estados participam desde ontem no Recife de atividade inédita que pretende avaliar sete mil processos de execuções penais. A expectativa é beneficiar 3 mil detentos.

Sete mil processos de execuções penais serão alvo de um mutirão iniciado ontem com a participação de 30 defensores públicos de todos os Estados do Brasil. A Força Nacional da Defensoria Pública em Execução Penal será realizada em parceria com o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Com o esforço conjunto, a expectativa é que cerca de 3 mil presos sejam beneficiados com a liberdade ou a progressão de regime. A iniciativa é inédita no Estado. Do total de defensores envolvidos no projeto, 24 são de outros Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O mutirão segue até o próximo dia 18, no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife. A força nacional é formada por um núcleo especializado de defensores de todo o País. O objetivo é fiscalizar o cumprimento de penas, prestar assistência jurídica integral e gratuita a presos do sistema penitenciário brasileiro, além de verificar as condições carcerárias. O primeiro Estado a contar com o trabalho da equipe foi o de Minas Gerais. A ação ocorreu em outubro. Durante 13 dias, foram analisados 3.235 processos, contando com a atuação de 42 defensores públicos, sendo dois de Pernambuco.

O subdefensor-geral do Rio de Janeiro, Líbero Ateniense, coordenador nacional do mutirão, participou ontem da cerimônia de abertura dos trabalhos. “Temos um cadastro de 354 defensores à disposição para ajudar no mutirão se for necessário”, explicou. A defensora-geral de Pernambuco, Tereza Joacy Gomes de Melo, disse que o trabalho será fundamental para corrigir injustiças que acontecem no sistema carcerário. “Existem fatores que contribuem para que os detentos tenham seus direitos negligenciados, como a falta de informações do processo, a ausência da família. O papel da Defensoria Pública é garantir que esses direitos sejam observados, no prazo determinado por lei”, observou.

Fonte:JORNAL DO COMMERCIO

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